quarta-feira, 10 de maio de 2017

Chegada..

Dia 3 de dezembro pisamos em solo americano. Passamos na imigração. Eu morria de medo de eles nos barrarem na imigração, mas o cara que nos atendeu foi simpático. Depois passamos por outro lugar e lembro que o cara olhava o passaporte do Pablo, olhava o Felipe e chamava o Felipe de Pablo, ou vice versa, não lembro exatamente de quem era o passaporte e quem era o confundido, heheheheheh. Mas daí falamos, não, esse é o outro. Ele olhou que tinha outro rodopiando ali perto e abriu um sorriso e disse algo do tipo: "nossa, eles são muito parecidos". Confesso que aquele sorriso me deu uma paz gigante, porque eu estava com medo, sei lá, talvez por causa daquele filme "o terminal" que o Tom Hanks fica morando no aeroporto por meses.

Passamos dessa segunda parte e a diferença entre chegada do vôo do Brasil e o vôo do Texas pra San José era de apenas duas horas. Já tínhamos certeza que perderíamos o vôo. Mas então chegou um carrinho e um carinha também simpático perguntando que horas era nosso vôo e qual o nosso portão, respondemos e ganhamos uma carona. Deu tempo, ufa!!!! Nesse vôo sobrevoamos o Grand Canyon e lembro de sentir muita emoção. Um pouco de medo também. Os meninos estavam dormindo, cansados da viagem, tinha pouca gente no avião e eu ficava trocando de poltrona pra olhar tudo, bem turista, kakakakakakka.

Descemos em San José. E agora? O mau humor se instalou. Chegamos de manhã e só poderíamos entrar no nosso airbnb as 4 da tarde. Era frio, estávamos cansados. Seis malas, golias, ursinho, trompete... Trompete cai do carrinho, Diego bufa. Não adianta pegar um taxi, não podemos entrar no Airbnb ainda. Telefone não funciona pra usar o maps. Vamos alugar um carro, ok. O aluguel de carro ficava do ooooooutro lado do aeroporto. Começou a bater um desespero. Meninos cansados, nós também, aquela parafernalha pra carregar pra cima e pra baixo, eu só agradecia por não ter trazido o cachorro junto no mesmo voo.

Ficamos mais de uma hora reclamando da vida, sem tomar a decisão de alugar a porra do carro. Os meninos com fome, de saco cheio de esperar. Eu e o Diego com aquele ódio um pelo outro. Não sei exatamente o que estava acontecendo ali, mas foi tenso. Naquela época e nos meses iniciais eu não tomava iniciativa pra nada, como se o Diego estivesse mais preparado do que eu pra fazer tudo, então eu largava tudo no ombro dele. Passados mais uns minutos de climão, finalmente o Diego resolveu ir lá e alugar o carro.

Passamos num Mc Donalds pra comer qualquer coisa, mas ainda era cedo e só serviam o café da manhã. Foi interessante comer um sanduiche de panqueca com bacon, mas não tinha nada que o Lipe comesse. O pobrezinho foi sobrevivendo de bolacha que eu tinha levado na bolsa, afinal, conheço o meu filho e sabia que a alimentação dele seria um problema. Enfim, dali fomos direto a um shopping comprar chip pros nossos celulares. Não lembro o que fizemos além disso. Mas as quatro da tarde estávamos na nossa casa provisória. No dia seguinte compramos lego minicraft como prometido e o Xbox, pra suavizar a mudança pros meninos. Também fizemos nossa primeira compra no mercado e a nossa nova vida começou a começar. :)

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