quarta-feira, 29 de março de 2017

Encaminhando pra entrevista do consulado...

Visto aprovado, ok. Mas ainda tinha a entrevista no consulado. Apesar de não encontrar nada dizendo que alguém foi reprovado na entrevista pra esse tipo de visto, não tinha nada realmente definido. Entrevista marcada pros dias 3 e 4 de novembro, check! Estamos mais pertos do que nunca. Vamos continuar vivendo a vida.

O Pablo não aceitava a possibilidade de mudança, ele dizia que não viria de jeito nenhum. Daí eu disse que aqui o café da manhã era panquecas e então ele topou vir. Mas logo já mudou de ideia e disse que não queria vir de novo. Então eu contei que aqui tinha banheira grande pra tomar banho (ele tomava banho numa bacia em Tijucas, era o único jeito de rolar banho sem briga) e então ele topou de novo. Mas o sistema imunológico do Pablito tem conexão direta com meu estado emocional, desde a barriga ele é mega conectado comigo, lembro muito bem das cambalhotas que ele virava na minha barriga quando eu estava nervosa com o trabalho.

Uma semana depois do resultado do visto ele apareceu com uma "pipoca" no lábio pela manhã. Fui levar ele na natação a tarde e encontrei outra pipoca. Desisti da natação naquele dia e no dia seguinte eu levei na pediatra. Catapora!!! Beleza! o Lipe só teve sete pintinhas, o Pablo vai tirar de letra. A pediatra me explicou que vem uma febre e saem as pipocas., depois outra febre e mais pipocas... e tudo depende do número de "camadas" que vão surgir. Agradeci por poder estar em casa com ele. Continuar vivendo minha vida e cuidar do meu pimpolho... Não!! Péra!! Minha mãe não sabia se eu tinha tido catapora na infância, logo não posso trabalhar com grávidas por até 20 dias depois de secar a última pipoca do Pablo. Não creio!! Não vou mais trabalhar como Doula antes de me mudar.

A segunda edição do curso de preparação para o parto era naquele final de semana, eu estava empolgadíssima pra participar. Eu ia falar de amamentação e puerpério, tema que tanto amo. E meu sobrinho que está pra nascer??? Minha cunhada não tinha deixado claro se queria minha presença no nascimento, mas agora era certeza que eu não ia poder participar. E as rodas de gestantes? Já era...

Mas tudo isso passou a ser "um nada" a medida que as pipocas iam aparecendo. Em vez de curar as pipocas que já existiam, surgiam cada vez mais... No primeiro dia ele brincava normal, mas depois passou vários dias bem caidinho, triste... Vomitava o que comia, as pipocas em vez de coçar, como todos falam, doíam (porque eram imensas). Foi beeeem difícil. E eu só agradecia por poder estar em casa com ele. Nem lembrava de visto ou de qualquer coisa do resto do mundo.

Com o tempo ele foi melhorando, voltou a ser o menino serelepe de sempre e nós tínhamos a tal entrevista. Como ele já estava ótimo, todas as pipocas estavam sequinhas e ele já podia voltar a ir pra escola, ele ficou na casa da vó junto com o Lipe.

As passagens aéreas estavam impagáveis, então fomos de carro. Saimos de madrugada (aliás.. quem conseguia dormir aquela noite?) e fomos. Estava chovendo, pra ter mais emoção, claro.. No primeiro dia era só bater foto e entregar o passaporte. Tínhamos planos de jantar em algum restaurante bacana, mas a ansiedade era tanta que o estômago estava revirado. Juntando o cansaço de uma noite não/mal dormida, acabamos ficando com alguma coisa do frigobar mesmo.

Não lembro que horas era a entrevista, mas estávamos em frente ao consulado antes de abrir.. Tenho pavor de ficar sem celular quando os meninos não estão comigo.. mas era necessário. Passamos pela segurança e fomos pra uma fila pro nosso tipo de visto. O cara olhou 30 vezes os passaportes e nos olhava com uma cara de mau inesquecível. Não lembro se fez alguma pergunta, mas nos mandou pra outra fila...

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